terça-feira, 12 de novembro de 2013

La Fontaine

Escritor francês, considerado o pai da fábula moderna, nasceu a 13 de Julho de 1621, em Château-Thierry e faleceu a 13 de Abril de 1695, em Paris. Filho de burgueses, começou por estudar Teologia e Direito, acabando, alguns anos mais tarde e com o apoio de alguns nobres que patrocinavam as artes, por se dedicar à literatura.
Casou em 1647 com Marie Héricart.
Tal como o seu pai, em 1652, assumiu o cargo de inspetor de águas.
Escreveu poesias, contos e adaptações de comédias populares, tendo travado amizade com autores como Racine, Molière e Boileau. Seriam, no entanto, as suas Fábulas Escolhidas em (1668-1694), inspiradas nas literaturas clássicas e oriental e sobretudo em Esopo, que lhe trariam a celebridade.
Das sessenta e nove fábulas que compõem esta recolha, a maior parte põe em cena o mundo dos animais. Estes guardam certas características tradicionalmente atribuídas à respetiva espécie, mas apresentam traços perfeitamente humanos. Os escritos de La Fontaine tornaram-se, assim, verdadeiros retratos da sociedade, com todos os seus vícios, diferenças sociais e problemas retratados. As suas fábulas encerram sempre uma moral.

Algumas das suas fábulas são:
·         As fábulas de Esopo
·         As fábulas de La Fontaine
·         A fábula da Raposa e da Cegonha

Transcrevo aqui uma das suas fábulas – A fábula da Raposa e da Cegonha

A RAPOSA E A CEGONHA

Um dia a raposa foi visitar a cegonha e convidou-a para jantar.
Na noite seguinte, a cegonha chegou a casa da raposa.
- Que bem que cheira! – disse a cegonha ao ver a raposa a fazer o jantar.

- Vem, anda comer. – disse a raposa, olhando o comprido bico da cegonha e rindo-se para si mesma.
A raposa, que tinha feito uma saborosa sopa, serviu-a em dois pratos rasos e começou a lamber a sua. Mas a cegonha não conseguiu comer: o bico era demasiado comprido e estreito e o prato demasiado plano. Era, porém, demasiado educada para se queixar e voltou para casa cheiinha de fome.
Claro que a raposa achou montes de piada à situação!
A cegonha pensou, voltou a pensar e achou que a raposa merecia uma lição. E convidou-a também para jantar. Fez uma apetitosa e bem cheirosa sopa, tal como a raposa tinha feito. Porém, desta vez serviu-a em jarros muito altos e estreitos, totalmente apropriados para enfiar o seu bico.
- Anda, vem comer amiga Raposa, a sopa está simplesmente deliciosa. - espicaçou a cegonha, fazendo o ar mais cândido deste mundo.
E foi a vez de a raposa não conseguir comer nada: os jarros eram demasiado altos e muito estreitos. 
- Muito obrigado, amiga Cegonha, mas não tenho fome nenhuma. - respondeu a raposa com um ar muito pesaroso. E voltou para casa de mau humor, porque a cegonha lhe tinha retribuído a partida.

Moral da fábula:  Nunca faças aos outros o que não gostas que te façam a ti.

Retirado de:

wikipedia

Gonçalo Costa

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