Escritor francês, considerado o pai da fábula moderna, nasceu
a 13 de Julho de 1621, em Château-Thierry e faleceu a 13 de Abril de 1695, em
Paris. Filho de burgueses, começou por estudar Teologia e Direito, acabando,
alguns anos mais tarde e com o apoio de alguns nobres que patrocinavam as
artes, por se dedicar à literatura.
Casou em 1647 com Marie Héricart.
Tal como o seu pai, em 1652, assumiu o cargo de inspetor de águas.
Escreveu poesias, contos e adaptações de comédias populares,
tendo travado amizade com autores como Racine, Molière e Boileau. Seriam, no
entanto, as suas Fábulas Escolhidas em (1668-1694), inspiradas nas
literaturas clássicas e oriental e sobretudo em Esopo, que lhe trariam a
celebridade.
Das sessenta e nove fábulas que compõem esta recolha, a maior
parte põe em cena o mundo dos animais. Estes guardam certas características
tradicionalmente atribuídas à respetiva espécie, mas apresentam traços perfeitamente
humanos. Os escritos de La Fontaine tornaram-se, assim, verdadeiros retratos da
sociedade, com todos os seus vícios, diferenças sociais e problemas retratados.
As suas fábulas encerram sempre uma moral.
Algumas das suas fábulas são:
·
As
fábulas de Esopo
·
As
fábulas de La Fontaine
·
A
fábula da Raposa e da Cegonha
Transcrevo aqui uma das suas fábulas – A fábula da Raposa e
da Cegonha
A RAPOSA E A CEGONHA
Um dia a raposa foi visitar a
cegonha e convidou-a para jantar.
Na noite seguinte, a cegonha chegou a casa da raposa.
- Que bem que cheira! – disse a cegonha ao ver a raposa a fazer o jantar.
- Vem, anda comer. – disse a raposa, olhando o comprido bico da cegonha e
rindo-se para si mesma.
A raposa,
que tinha feito uma saborosa sopa, serviu-a em dois pratos rasos e começou a lamber a sua. Mas a cegonha não
conseguiu comer: o bico era demasiado comprido e estreito e o prato demasiado
plano. Era, porém, demasiado educada para se queixar e voltou para casa
cheiinha de fome.
Claro que a raposa achou montes de piada à situação!
A cegonha pensou, voltou a pensar e achou que a raposa merecia uma lição. E
convidou-a também para jantar. Fez uma apetitosa e bem cheirosa sopa, tal como
a raposa tinha feito. Porém, desta vez serviu-a em jarros muito altos e estreitos,
totalmente apropriados para enfiar o seu bico.
- Anda, vem comer amiga Raposa, a sopa está simplesmente deliciosa. - espicaçou
a cegonha, fazendo o ar mais cândido deste mundo.
E foi a vez de a raposa não conseguir comer nada: os jarros eram demasiado
altos e muito estreitos.
- Muito obrigado, amiga Cegonha, mas não tenho fome nenhuma. - respondeu a
raposa com um ar muito pesaroso. E voltou para casa de mau humor, porque a
cegonha lhe tinha retribuído a partida.
Moral da fábula: Nunca faças aos outros o que não gostas que te
façam a ti.
Retirado de:
wikipedia
Gonçalo Costa
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